O (DES)APROPRIADO LUGAR DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Educação especial e educação inclusiva

Temas Correlatos: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação;

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AUTORIA

Nathachy Twane Gomes De Arruda

ABSTRACT
O presente trabalho visa refletir a relação existente no âmbito da educação especial e educação inclusiva no que versa sobre a patologização do sofrimento psíquico, a medicalização da vida e o lugar da criança com características que divergem do grupo nomeado “normal”. A partir desta nomeação já se pode marcar o ponto de partida utilizado como parâmetro no contexto escolar tradicional, o qual ainda, na contemporaneidade, permeia vigorosamente um lugar de desapropriação e exclusão daqueles que estão fora da norma. Se pensarmos a história da educação, como corrobora Romanelli (1987), e entendermos que seu começo se deu pela necessidade de educar para ser um corpo útil ao mercado de trabalho, abre-se espaço para pensar que uma criança que não atende a demanda mercadológica acaba sendo excluída. Apesar do avanço em relação as políticas públicas voltadas para os direitos da criança a educação inclusiva, a realidade que se apresenta é outra, não sendo garantido tais direitos nas práticas educacionais. Paralelamente se faz possível pensar que quando começa a fazer valer o “direito para todos”, o mercado dá um jeito de capturar a criança enquanto um corpo (in)útil para atender a indústria farmacêutica, pela perspectiva da inflação diagnóstica, onde ninguém fica de fora. Será que a “inclusão” hoje se dá pela via da psicopatologia? Através da psicanálise, como perspectiva teórica, veremos o quanto a inclusão da diversidade se refere a todos os alunos, sejam da educação especial ou não, considerando que não se trata de identidades, mas dos modos subjetivos possíveis e diversos de existir no mundo. Freud (1925) argumenta sobre a impossibilidade de educar, nos convocando a pensar justamente o quanto é impossível um fazer pela via da totalidade, ou seja, por um modelo totalitário que determina o “ser”. O interesse nesse estudo justifica-se pela importância de uma prática pautada na diversificação pulsional e partir do aforismo freudiano de que não se educa o inconsciente. 

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