A holófrase na psicose infantil e suas relações com a debilidade.

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Infância, juventude e clínica

Temas Correlatos: Educação especial e educação inclusiva;

Acessos neste artigo: 213


Certificado de Publicação:
Não disponível
Certificado de Participação:
Não disponível

COMPARTILHE ESTE TRABALHO

AUTORIA

Lara Batista Belfi , Ariana Lucero

ABSTRACT
A noção de holófrase esteve presente na história da linguística enquanto um tipo particular de linguagem em que, de forma resumida, há a união entre palavras (palavras-frase) representando uma mensagem específica (STEVENS, 1987). Lacan, no Seminário 11 (1964/2008), associa o conceito de holófrase à noção de “fusão de significantes”, que se relaciona às psicopatologias da infância: “Chegaria até a formular que, quando não há intervalo entre S1 e S2, quando a primeira dupla de significantes se solidifica, se holofraseia, temos o modelo de toda uma série de casos – ainda que, em cada um, o sujeito não ocupe o mesmo lugar”. Os quadros clínicos que se referem aos impasses da ordem da inscrição do sujeito na linguagem estão inclusos nessa ideia de significante “holofraseado”. A apropriação do conceito de holófrase, realizada nesse momento por Lacan, refere-se a dois aspectos que subvertem a concepção de significante como tal: a solidificação do primeiro casal de significantes e a ausência da dimensão da falta. Assim, o significante holofraseado é situado como uma problemática das operações de alienação e separação. Ainda no Seminário XI, Lacan (1964/2008, p. 232) questiona se crianças psicóticas e débeis compartilhariam de um mesmo lugar frente ao desejo materno: “É na medida em que, por exemplo, a criança, a criança débil toma o lugar, no quadro, embaixo e à direita, desse S, em relação a esse algo a que a mãe a reduz a não ser mais que o suporte de seu desejo num termo obscuro, que se introduz na educação do débil a dimensão do psicótico”. No caso específico da psicose infantil, Lacan (1969) concebe que a dificuldade na linguagem deve-se ao alojamento da criança no lugar de objeto a, obstruindo sua emergência como desejante. Diante disso, o trabalho visa a interrogar como a articulação holofraseada entre o primeiro par de significantes que comparece no quadro clínico da psicose infantil se relaciona à debilidade mental. 

Para participar do debate deste artigo, .


COMENTÁRIOS

Utilizamos cookies essenciais para o funcionamento do site de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.