Intoxicação exógena: casos notificados na região Nordeste brasileira no período de 2014 a 2017
AUTORIA
Franklin Learcton Bezerra De Oliveira , Dany Geraldo Kramer Cavalcanti E Silva , Francileide De Oliveira Vanderley
ABSTRACT
A intoxicação exógena ocorre devido à interação como alguma substância química, podendo acarretar em quadros clínicos de níveis variados, desde exantema tópico até complicações sistêmicas, hemorragias, choque, coma e morte. Portanto, é fundamental a notificação dos casos à vigilância epidemiológica para a prática e ações de prevenção da saúde pública. Assim, objetivou-se analisar o perfil dos indivíduos com intoxicação exógena no Nordeste brasileiro no período de 2014 a 2017. Para tanto, desenvolveu-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo através dos casos notificados no Sistema Nacional de Agravos e Notificações (SINAN), através da ferramenta TABNET/DATUS para o Nordeste brasileiro. Foram notificados 101.867 casos de intoxicação exógena, com maior predominância entre: mulheres (52,74%); etnia parda (61,42%) e faixa etária de 20 a 39 anos (37,88%). O medicamento foi a principal causa de intoxicação (35.646 casos- 34,99%). A tentativa de suicídio destacou-se sobre as circunstâncias estudadas (24,54%). O critério clínico foi o mais relevante foi o agudo sobre crônico com 54.836 casos e a evolução clinica mais observada foi à cura sem sequelas (65,61%). Houve ausência de registros para as seguintes variáveis: Etnia (27,90%); Escolaridade (20,33%); Agente tóxico (19,10%); Evolução clínica (30,10%) e Circunstância (23,84%). Caracterizou-se o perfil de intoxicação exógena no Nordeste brasileiro no período de 2014 a 2017 com predomínio de adultos jovens, sexo feminino, etnia parda, agente medicamentoso, meio de tentativa de suicídio, o tipo de exposição é aguda, evolução de tratamento por cura sem sequela e falhas na notificação de itens importantes chegando a 30.10%.
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