USO DO CAPITAL SOCIAL PARA INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO ENTRE EGRESSOS DA POLÍTICA DE COTAS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Administração Pública

Acessos neste artigo: 399


Certificado de participação:
Certificado de José Roberto Abreu De Carvalho Junior

Certificado de publicação:
Certificado de José Roberto Abreu De Carvalho Junior

COMPARTILHE ESTE TRABALHO

AUTORIA

José Roberto Abreu De Carvalho Junior

ABSTRACT
O objetivo do artigo foi comparar os níveis de capital social entre egressos cotistas e não cotistas das universidades federais brasileiras. Para tanto, aplicamos um questionário eletrônico a uma amostra final de 11.458 egressos, sendo 32,41% egressos cotistas e 67,59% egressos não cotistas, de 248 cursos de graduação, de todas as áreas do conhecimento, de 18 universidades federais, das cinco regiões do Brasil e que colaram grau entre 2016 e 2021. Dividimos o capital social dos egressos entre o capital social da família, referente ao uso de redes de contato da família para inserção no mercado de trabalho, e o capital social da universidade, referente ao uso de redes de contato da universidade para essa inserção. As questões sobre o capital social estavam no formato de escala Likert de 7 pontos que apresentavam níveis de concordância e discordância dos egressos quanto ao uso do capital social (da família e da universidade) para a sua inserção no mercado de trabalho. Comparamos as médias obtidas entre egressos cotistas e não cotistas por meio do Teste t de Student a um nível de confiança de 95%. Os resultados sugerem que o uso de capital social é diferente entre egressos cotistas e não cotistas quando se trata do capital social da família, isto é, a utilização de redes de contato de familiares para facilitar a inserção do egresso no mercado de trabalho. No entanto, quando se trata do capital social da universidade, isto é, a utilização de redes de contato de amigos da universidade do egresso para facilitar a sua inserção no mercado de trabalho, nossos resultados sugerem que não há diferenças entre egressos cotistas e não cotistas. Concluímos que no que diz respeito àquilo que a universidade pública tem alçada para modificar através da política de cotas, ela tem a possibilidade de alterar cenários socioculturais através de proporcionar o contato entre os egressos de diferentes realidades e contextos familiares, favorecendo inclusive a sua inserção profissional.

Para participar do debate deste artigo, .


COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Janaina Paiva Sales 14-11-2022 16:02:47

O tema escolhido pelo Autor é de importante para ser discutido. O seu estudo e, por conseguinte, a necessária reflexão tem o condão poder proporcionar a melhoria na qualidade das políticas públicas para cotistas no ensino superior público. Ao ler o trabalho, não ficou claro, no tocante à metodologia adotada, qual a forma usada pelo Autor para atingir seu público alvo. Há apenas o registro da informação de que foi aplicado um questionário eletrônico. bem como não há referência do período em que o questionário eletrônico foi aplicado. No final de seu trabalho, o Autor ressalta a importância da política de cotas como uma ''poderosa ferramenta de inclusão social''. No entanto não oferece sugestões de melhorias dessa mesma política pública que elogia.

Foto do Usuário Pedro Felipe Jacyntho Dos Santos 04-12-2022 01:35:25

O estudo aborda uma temática de grande tendência no setor público, principalmente em tempos de constantes cortes orçamentários e intervenções quando se trata de universidades públicas. A pesquisa de campo, trazendo dados primários, trouxe contribuições, portanto, parabéns pelo estudo. Algumas recomendações e pontos a serem melhorados: 1) estruturar o estudo nos modelos indicados a artigos científicos, com Introdução; Referencial Teórico; Metodologia; e Resultados/Análises. 2) Elaborar um resumo para que o leitor possa identificar do que se trata o artigo em sua síntese; 3) elaborar um diagnóstico com uma proposição de resolução dos problemas apresentados durante o estudo. Algumas reflexões: 1) é possível mensurar (em índices) as diferenças sociais no momento do ingresso e do egresso de estudantes cotistas e não-cotistas para termos uma ideia de como o capital social influencia na vida pós-acadêmica desses dois grupos? 2) De que forma as universidades públicas incentivam o capital social do egresso na entrada no mercado de trabalho?. Parabéns pela realização do artigo!

Utilizamos cookies essenciais para o funcionamento do site de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.