DIAGNÓSTICO DE FORRAGEAMENTO DAS ABELHAS NATIVAS EM ÁREAS RECÉM REPLANTADAS DA MATA ATLÂNTICA DO RIO DE JANEIRO
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Entomologia
Temas Correlatos: Sustentabilidade ambiental;
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AUTORIA
Adriana Oliveira Andrade , Maria Cristina Affonso Lorenzon
ABSTRACT
O presente trabalho apresenta um diagnóstico do forrageamento das abelhas nativas sem ferrão a partir da análise exploratória com dados do projeto de reflorestamento desenvolvido há mais de dez anos em região da Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro. Os dados coletados são provenientes dos alimentos produzidos por três espécies de abelhas: jataí, iraí e mandaçaia. As amostras de mel e pólen foram coletadas mensalmente e submetidas à análise para identificar as espécies florais e, assim, averiguar perfis de aprovisionamento para as abelhas nativas naquela região. O diagnóstico revelou que a oferta de alimentos foi fator limitante para a sobrevivência das abelhas no período sob estudo. A composição florística da área não suprimiu elementos nutricionais satisfatórios necessários às abelhas, haja vista o número mediano reduzido de tipos polínicos. A abelha mandaçaia foi a mais afetada pela escassez trófica; nas demais espécies, jataí e irai, as diferenças não foram expressivas. A quantidade de grãos de pólen recolhidos pelas abelhas expressa pela soma polínica atingiu o valor perto de 800 grãos em algumas amostras, porém, em outras esteve ausente ou, em quantidade insuficiente, delineando o perfil sazonal da região. Ao se comparar a soma polínica entre mel e pólen verifica-se importante diferença, o que sugere a predominância das fontes poli nectaríferas na região. A comparação entre espécies, seja no mel ou no pólen, nas diferenças das somas polínicas não mostram destaque.
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