CONHECIMENTOS DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ACERCA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Saúde da Mulher
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AUTORIA
Daiana De Freitas Pinheiro , Letícia Gomes Da Silva , Francisca Evangelista Alves Feitosa , Rachel Cardoso De Almeida , Marina Barros Wenes Vieira , Patrícia Pereira Tavares De Alcântara , Yanca Carolina Da Silva Santos , Patrícia Alves De Andrade , Emanoely Holanda Silva , Antônio Samuel Silva Lins , Lindalva Maria Barreto Silva
ABSTRACT
Atualmente, tem se reconhecido não somente as doenças infecciosas e crônicas como problemas de saúde pública, mas também os agravos decorrentes de causas externas, que juntamente com as anteriores, caracteriza a tripla carga de doenças. Os agravos decorrentes de causas externas se expressam como acidentes e violências. A violência contra a mulher (VCM) destaca-se como problema de saúde pública, que está imbricado às desigualdades de gênero, a qual naturaliza o domínio do homem sobre a mulher. O presente estudo se propôs a analisar a compressão dos Agentes Comunitários de Saúde acerca da Violência Contra a Mulher. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo exploratória, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado nas equipes das Estratégias Saúde da Família (ESF) do município de Iguatu, Ceará. Participaram do estudo 40 ACS das ESF da zona urbana, em virtude da maior concentração das equipes. Para coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista previamente elaborado com questões abertas para responder ao objetivo da pesquisa. Os participantes da pesquisa versaram sobre a compreensão acerca da violência contra a mulher no seu contexto de atuação, apresentando posicionamentos em conformidade com a realidade na qual estão inseridos. Partindo dos resultados obtidos, observa-se que o entendimento dos ACS acerca da VCM ultrapassa a violação física, perpassando os aspectos imbricados na causalidade da violência, como o machismo acima citado. Sobre as manifestações da VCM, percebe-se que os ACS possuem uma visão ampliada para situações facilmente invisibilizadas que constituem violência. as vítimas muitas vezes não se reconhecem como tal, posto que o pensamento feminino também anda em consonância com os preceitos machistas e patriarcais, o que a faz naturalizar as condutas abusivas do parceiro. Destaca-se que que a violência pode ocorrer das mais variadas formas, umas mais visíveis e outras menos visíveis. Nesse sentido, percebe-se uma potencialidade nos resultados encontrados em relação ao reconhecimento do abuso simbólico contra a mulher, especialmente a violência psicológica Diante dos achados verificou-se que os participantes dessa pesquisa demonstraram compreensão ampliada acerca da VCM, o que é de extrema relevância para a sua identificação e manejo.
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