Atenção Psicossocial e a interface com a Atenção primária à Saúde: a inserção de grupos de saúde mental como prática possível
AUTORIA
Cosme Rezende Laurindo , Marta Libanório Sette , William Ávila De Oliveira Silva
ABSTRACT
Os grupos são instrumentos de intervenção psicossocial de domínio dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) que possibilitam trocas de experiências e transformações subjetivas. Trata-se de uma modalidade assistencial potente para atender à demanda de uma nova concepção de cuidado proveniente a partir da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que privilegia a atenção psicossocial, o território e a desinstitucionalização. Este estudo objetivou desvelar a inserção dos grupos de Saúde Mental nas Unidades de Atenção Primária à Saúde, compreendendo as vias de implementação, a partir do apontamento da interface entre a APS e a Saúde Mental. Trata-se de uma revisão bibliográfica, não sistematizada, com subsequente discussão das referências lidas para elaboração do texto final. O texto foi divido nos seguintes eixos temáticos: Reforma Psiquiátrica Brasileira e Atenção Psicossocial; Saúde Mental e Atenção Primária à Saúde; e Grupos de Saúde Mental e Unidades de Atenção Primária à Saúde. Percebe-se que a prática grupal atende à dinamicidade das demandas da comunidade, bem como é prática possível de se aquedar à infraestrutura dos serviços, podendo ser realizada de maneiras distintas. Os profissionais podem procurar pela metodologia que melhor se adequa ao seu processo de trabalho, o que favorece a sua aplicabilidade. Pôde-se perceber a potência que os grupos têm para romper com a lógica curativa, possibilitando um cuidado libertador.
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