ABSTRACT

O presente trabalho teve como objetivo avaliar as características químicas do lodo de esgoto submetido ao processo de estabilização por meio de diferentes tempos de aeração, com presença e ausência de Pennisetum purpureum. O experimento foi conduzido no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, totalizando 60 dias de avaliação. O lodo de esgoto foi aerado pelos períodos de 0, 14, 28, 42 e 60 dias, com a presencia ou ausência do cultivo do P. purpureum. Ao final de 60 dias foram avaliados o pH, resíduo mineral, matéria orgânica, carbono total, relação C:N, N total, P, K, Ca, Mn, Cu e Cr. Contudo apenas houveram diferenças estatísticas entre tratamentos para carbono total e nos teores de P, com ambos atingindo maiores quantidades nos períodos 0, 28 e 42 dias de aeração. Por outro lado, ao  final de 60 dias observou-se correlações positivas entre carbono total e nitrogênio; pH e relação C:N; Cu e Cr; K e Cr; e negativas entre resíduos mineral e matéria orgânica, Cu e Cr; e para o Mn com ambos Cu e Cr; enquanto para Ca e Mg não foram evidenciadas nenhuma ligação entre as demais características avaliadas. Desta forma, é notada que a presença do P. purpureum acelerou o processo de mineralização da matéria orgânica no tempo zero e períodos de 28 e 42 dias, resultando no incremento dos teores de carbono total, fósforo, Cr, Cu e redução nas quantidades de K e Mn.