Mortalidade perinatal reduzível por adequada atenção à mulher no parto na Planície Litorânea do Piauí
AUTORIA
Gabriele Mesquita Da Silva , Adriane Saraiva Nunes
ABSTRACT
Dentre os elementos que impactam a Mortalidade Infantil destacam-se as mortes ocorridas durante o período perinatal, o qual se inicia em 22 semanas completas de gestação (período fetal) e termina aos 7 dias completos após o nascimento, ou seja, de 0 a 6 dias de vida (período neonatal precoce). Esse indicador sofre influência, dentre outros fatores da assistência prestada durante o parto e nascimento. . O objetivo deste artigo é descrever a prevalência de mortes perinatais evitáveis por adequada atenção ao parto em municípios da Planície Litorânea do Piauí. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem de análise quantitativa, sendo parte do trabalho de conclusão de curso intitulado “Perfil da Mortalidade Perinatal em Municípios da Planície Litorânea do Piauí”. O território alvo do estudo é a 1ª Região de Saúde do Piauí, denominada Planície Litorânea, localizada no extremo norte do Estado. A amostra foi constituída por declarações de óbito e fichas de investigação de óbito infantil e de óbito fetal de crianças cujas mães residiam na Planície Litorânea - PI, e que tiveram óbitos confirmados no período fetal ou no período neonatal precoce, entre janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Os óbitos por causas evitáveis representaram 79% dos óbitos, com maior percentual de óbitos por causas mal-definidas (12%) que por causas não evitáveis (9%). As causas de morte evitáveis concentraram-se nas causas de morte reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto, correspondendo a 49,18%. Os agravos mais frequentemente relatados foram a Hipóxia Intrauterina não especificada, responsável por 75 óbitos, e Feto e recém-nascido afetados por Descolamento de Placenta e Hemorragia, com 36 óbitos. Ressalta-se, portanto, a necessidade de maior vigilância quanto ao parto e nascimento, com a implementação de partos humanizados e uma assistência hospitalar segura, garantindo a educação permanente dos profissionais envolvidos nesse processo, além do acesso das parturientes ao serviço em tempo oportuno e o incentivo ao parto vaginal, sem contudo, esquecer-se das reais indicações de parto cesariano.
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